SUPINHO
supinho, moçambique. 2005
Em 2002 acabou a guerra civil que durou 16 anos em Moçambique. A zona onde Peter van Lengen visitou, a região de Zambezia foi a mais afetada. Toda a infra-estrutura industrial foi destruída, bens como fábricas de tijolos, de óleo de coco, de textis, todos abandonados e bombardeados. “A recuperação é urgente”.
No meio desse caos esta Supinho, uma comunidade de 80 famílias ao lado da praia e a boca do Rio Namacurra. Há dois anos atrás o rio transbordou e levou a antiga aldeia de Supinho.
Hoje há uma
aldeia nova, toda feita com materiais da região, o único elemento importado da
zona urbana é o cimento para fazer os sanitários secos. Todas as casa são de
pau-a-pique, a madeira e a argila são do mangue. Toda a estrutura é feita de
madeira do coqueiro, e os tetos são feitos com folhas do mesmo.
ZAMBÉZIA, MOÇAMBIQUE - O Prefeito e Subsecretário de
Supinho, Peter Van Lengen, Mestre Paulinho o bio-arquiteto urbanista, sua
família e sua casa, feita em 20 dias.
As
grandes obras do Mestre Paulinho... a reconstrução de Supinho, 2 homens, 80
casas em 2 anos.
A matéria-prima de construção cresce entre as casas.
O mestre Paulinho, autor de todas a casas de Supinho, explicou que as casas têm uma durabilidade de 20 anos, só o teto que leva uma manutenção anual. Todos tem sanitário seco, cozinha externa, poço, pequeno pomar e horta, cobrindo com as necessidades básicas de cada família.
Agora, de
volta ao Rio de Janeiro, estamos projetando uma clinica, uma escola e um hotel
para implementar o ecoturismo. As obras serão realizadas utilizando os
conceitos da bio-arquitetura e permacultura.
Sem energia elétrica ou combustível, o impacto ambiental é
muito suave.
Janela estilo Supinho.

Porta principal com detalhes feitos com conchas do mar.

Ruas de areia e zero lixo, tudo é reaproveitado.
